sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Dragon Dreaming Viçosa - Inscrições prorrogadas até 26/11



Atenção: As inscrições foram prorrogadas até dia 26/11.  


“Além desta escuridão, um mundo novo pode surgir, não tanto para ser criado por nossas mentes, mas principalmente emergindo de nossos sonhos."
Joanna Macy

O Dragon Dreaming é um método para a realização de projetos criativos, colaborativos e sustentáveis, que tenham como valores centrais o crescimento pessoal, o fortalecimento do sentido de comunidade e a responsabilidade ativa para com a Terra. Criado pelo geógrafo australiano John Croft, o Dragon Dreaming vem sendo aplicado há mais de 20 anos em projetos sociais, ambientais, institucionais e no planejamento estratégico participativo para projetos de desenvolvimento comunitário sustentável na Austrália, África, Papua Nova Guiné, Europa e no Brasil.
O Dragon Dreaming usa teoria de sistemas vivos, ecologia profunda e sabedoria aborígene australiana no processo de tornar os sonhos das pessoas em realidade através da construção de projetos e organizações sustentáveis para a "Grande Virada" de nossa civilização de crescimento industrial para uma que realmente sustente a vida.
 
Nos dias 29, 30 de novembro e 1 de dezembro, o ISAVIÇOSA realiza em Viçosa, o Curso Introdutório de Dragon Dreaming. O curso terá um total de 20 horas e, ao final dos 3 dias, os participantes terão:

1. Aprendido os passos e etapas de um projeto de sucesso, podendo aplicar isto a seu próprio projeto.

2. Experimentado um círculo de criação para um projeto, podendo aplicar isto a seu próprio projeto.

3. Visto como construir uma ponte entre o círculo de criação e o planejamento (tabuleiro do jogo), através do desenho participativo de objetivos e metas participativas.

4. Experimentado o processo de criação de um Karabirrdt, e ter alguma ideia sobre como utilizá-lo para criar participativamente a estratégia do seu próprio projeto.

Datas e locais: - sexta 29/11, das 19h às 22h ( Departamento de Arquitetura - Campus da UFV)- sábado 30/11 e domingo 01/12, das 09h às 18h (Sítios Palmital – zona rural de Viçosa)

  
Facilitadores:

Felipe Simas será o facilitador do curso. Engenheiro Agrônomo e doutor em solos e nutrição de plantas, atua em projetos de planejamento e gestão territorial, desenvolvimento comunitário e educação para a sustentabilidade. É treinador em Dragon Dreaming  tendo facilitado cursos, projetos e vivências em diferentes estados brasileiros. Coordenou o curso AmaGaia – Educação para o Design de Ecovilas na Amazônia, realizado na Floresta Nacional do Purus (AM) no qual também atuou como educador.

Ana Carolina Simas será colaboradora. Professora Adjunta do Departamento de Comunicação Social da UFV. Facilitadora de processos participativos, coordenou o projeto ECOS da Floresta – estudos de comunicação colaborativa para a sustentabilidade comunitária, e o Programa AmaGaia – educação para o desenvolvimento de ecovilas na Amazônia. 

Investimento

Para participar do curso o investimento será de R$ 180,00 para estudantes e de R$ 230,00 para profissionais. Este valor inclui  almoço e lanches no sábado e no domingo. O pagamento pode ser parcelado em até 3 vezes.

Caso o investimento seja um limitante para a participação, o ISAVIÇOSA sugere entrar em contato com a organização do curso para que possam juntos encontrar uma forma de viabilizar.

Número de vagas: 25
As inscrições já estão abertas, até dia 21 de novembro.

Clique aqui para se inscrever.

Maiores informações: (31) 8898-8564, (31) 9505-1698, isavicosa@gmail.com


Sítios de de referência: www.dragondreamingbr.org , www.isavicosa.org

Realização: ISAVIÇOSA  Apoio: Departamento de Arquitetura da UFV

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Curso de Agrofloresta terá Feira de Troca de Sementes



Começou hoje e segue até dia 25 de outubro, sexta-feira, o primeiro módulo do curso Implantação de Sistema Agroflorestal, com o agricultor Zé Ferreira.
O curso acontece na sede rural do Instituto, no Palmital. A programação inclui várias atividades e práticas, dentre elas uma Feira de Troca de Sementes. Atividade aberta à comunidade, a Feira de Troca de Sementes tem o objetivo de integração entre os participantes do curso e todos que tiverem interesse em trocar sementes, experiências e saberes.
 - As sementes tradicionais e Crioulas são de suma importância para a Agroecologia, uma vez que estão diretamente sob o cuidado e zelo das agricultoras e dos agricultores, sendo cultivadas a gerações por famílias e comunidades rurais. São sementes resistentes e adaptadas às regiões que são tradicionalmente plantadas, – explicam os organizadores da Feira de Troca de Sementes, que além dos membros do Instituto Socioambiental de Viçosa conta com o apoio do grupo Apêti de Agrofloresta, da UFV.
- É nosso papel enquanto semeadores, disseminarmos e resgatarmos livremente essas variedades. Mas para isso é preciso termos atenção e zelo na hora de trocarmos nossas sementes, pois essas são uma das maiores riquezas da Mãe Terra. Assim como os alimentos, cada semente possui sua validade e seu tempo de maior vigor para se tornar uma plantinha. Desta forma, é preciso que os responsáveis pelas sementes tenham consciência de quando essas foram colhidas e as armazenem de maneira a conservá-las sem que se perca a vida do embrião, evitando entrada de fungos, insetos e animais. É importante que as sementes trocadas sejam embaladas e identificadas com nome local e data da colheita. Para isso recomendamos que levem saquinhos e etiquetas para a Feira, - orientam os organizadores.

A Feira de Troca de Sementes acontece na quinta-feira, dia 24 de outubro, a partir das 16h30, no local de realização do curso, no Palmital. Para maiores informações sobre o curso Implantação de Sistema Florestal, com Zé Ferreira – módulo I e sobre a Feira de Troca de Sementes, acesse: www.isavicosa.org

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Curso Implantação de Sistema Agroflorestal - Inscrição aqui

É com grande alegria que divulgamos que estão abertas as inscrições para o curso:
Implantação de sistema agroflorestal, com Zé Ferreira - Módulo I
23 a 25 de outubro, em Viçosa, Minas Gerais.
Para maiores informações e para fazer sua inscrição acesse aqui .

 

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Curso de Agrofloresta com Zé Ferreira, em Viçosa


Nos dias 23 a 25 de outubro próximos, o ISAVIÇOSA promove o primeiro módulo do Curso de Implantação de Sistema Agroflorestal, no Sítio Palmital, na zona rural de Viçosa. 
O facilitador do curso será o agricultor Zé Ferreira (saiba mais sobre o trabalho de Zé Ferreira, clicando aqui)
O curso terá também a participação de outros agricultores convidados, com experiências diversas.
Serão três dias de atividades, onde estão programados: troca de experiências; desenho, planejamento e práticas de implantação de SAFs (Sistemas Agroflorestais) para produção em curto, médio e longo prazo; feira de troca de sementes; troca de saberes; apresentação de filmes e integração com agricultores da região.
A participação é aberta, não exige pré-requisitos, mas as vagas são limitadas.
Em breve divulgaremos mais informações e forma de inscrição.

Para saber mais acesse: www.isavicosa.org


quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Fim de semana de vivências e troca de saberes na Ecovila Palmital

A sede do ISAVIÇOSA está situada na Ecovila Palmital, na região das nascentes mais altas do Ribeirão São Bartolomeu, na zona rural de Viçosa. Dentre os projetos locais que o ISAVIÇOSA desenvolve está o Microbacia Escola, cujo objetivo principal é contribuir para a conservação dos recursos hídricos da bacia do ribeirão São Bartolomeu, através da educação ambiental e demonstração de técnicas e alternativas ecológicas de uso sustentável dos recursos naturais, visando à conservação do solo, da mata ciliar e da água.
No último fim de semana, 17 e 18 de agosto, a Ecovila Palmital recebeu dois grupos. No sábado, estudantes de arquitetura e urbanismo de diversas universidades da região sudeste como UFJF, UFMG, UFRJ, UFV, UFSJ, UFF, reunidos em Viçosa para o Congresso Regional de Estudantes de Arquitetura (COREA), passaram o dia no sítio Palmital.



- O objetivo da visita foi discutir a questão ambiental em geral, agroecologia, formas de organização de comunidades, técnicas ecológicas de construção e a problemática urbano x rural como um todo – conta Amana Redivo, estudante de arquitetura da UFV. 

 Os estudantes foram acompanhados pelo professor e coordenador do curso de Arquitetura e Urbanismo da UFV, Roberto de Almeida Goulart Lopes. Para enriquecer mais o dia de visita ao Palmital, o grupo teve a oportunidade de realizar uma vivência sobre como tornar os sonhos realidade através da construção colaborativa de projetos utilizando os processos e conceitos propostos por John Croft.

- Conhecida como Dragon Dreaming, esta abordagem vem sendo utilizada e difundida pelo ISAVIÇOSA  e consiste em uma forma lúdica, holística e integradora que busca facilitar a emergência da inteligência coletiva de grupos de pessoas para Sonhar, Planejar, Realizar e Celebrar projetos – explica Felipe Simas, diretor do ISAVIÇOSA e facilitador da vivência.


 Em seguida, foram discutidas questões ligadas ao modelo das Ecovilas, que se propõem a serem assentamentos humanos planejados sustentáveis nos diferentes níveis: social, econômico, ecológico e cultural, reconhecendo a necessidade de se planejar para uma transição no modelo de desenvolvimento atual.


No domingo, dia 18 de agosto, novos visitantes! Alunos de graduação e pós graduação de Moçambique, Cabo Verde , Guiné-Bissau e um peruano, que estão estudando na Universidade Federal de Viçosa, visitaram a Ecovila com o objetivo de realizar uma troca de saberes com a equipe do ISAVIÇOSA. 


Foram discutidos aspectos ligados ao conceito de Ecovilas que vem sendo aplicado em diversas partes do mundo, e como este pode ser um modelo interessante para comunidades tradicionais do Brasil e da África, uma vez que permite melhorar a qualidade de vida,  visando a menor pegada ecológica possível, o fortalecimento dos vínculos sociais, o fortalecimento da economia local e o respeito às diversas culturas e visões de mundo.



No sítio Palmital, o grupo visitante pode observar práticas de conservação do solo e da água e técnicas de construção ecológicas. Foram apresentadas as diversas frentes de atuação dos profissionais vinculados ao ISAVIÇOSA, bem como o perfil dos membros da comitiva africana e as demandas e áreas de atuação em seus países de origem. Ao término foi firmada a intenção mútua de se estreitar relações e parcerias entre o ISAVIÇOSA e os países africanos.

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

ISAVIÇOSA começa trabalhos para Planos de Manejo de Unidades de Conservação mineiras


Monumento Natural Estadual de Itatiaia, Ouro Branco, Minas Gerais.

Uma Unidade de Conservação (UC) é uma área de proteção ambiental, um espaço de território com características naturais relevantes e limites definidos, instituído pelo Poder Público -  nas suas três esferas (municipal, estadual e federal) - para garantir a proteção e conservação dessas características naturais. Existem unidades de conservação de proteção integral, garantindo a preservação total da natureza, e de uso sustentável, que permitem seu uso controlado.
Toda UC deve possuir um Plano de Manejo conforme estabelecido no Sistema Nacional de Unidades de Conservação – SNUC. O Plano de Manejo é o instrumento que estabelece as normas e regulamentos que serão seguidos pelo órgão gestor da unidade para um período de cinco anos.
O IEF – Instituto Estadual de Florestas – lançou concorrência pública para elaboração do Plano de Manejo de duas  UCs Estaduais: Monumento Natural Estadual de Itatiaia (MNEI) e Parque Estadual Serra do Ouro Branco (PESOB). O Instituto Socioambiental de Viçosa foi a instituição vencedora dessa concorrência.
Parque Estadual Serra do Ouro Branco (PESOB), Minas Gerais. 


Seguindo o cronograma de trabalho proposto pelo ISAVIÇOSA, as atividades tiveram início em junho último, com término previsto para abril de 2015. Dentre as ações planejadas estão a realização de um diagnóstico completo da situação atual das Unidades de Conservação em relação à fauna, flora, recursos hídricos, estado de conservação, pressões, ameaças, fortalezas e oportunidades. Serão feitos também análise socioeconômica das populações que moram ou trabalham nas unidades e no entorno - pessoas essas que influenciam de alguma forma as UCs ou são influenciadas por elas - e um estudo em relação ao potencial de uso público da região para turismo, educação ambiental e pesquisa científica.

Estas informações embasarão o Planejamento, que é um plano de gestão para as UCs, considerando um horizonte de curto, médio e longo prazos. Neste Planejamento, será feito o zoneamento das UCs e serão estabelecidas as normas de uso para cada zona estabelecida. Neste contexto, também serão definidos: missão, visão, políticas e objetivos das UCs, através de processo participativo que envolverá a equipe do ISAVIÇOSA, equipe do IEF responsável pelas UCs e membros do conselho consultivo das unidades.

Parque Estadual Serra do Ouro Branco (PESOB). 

Saiba mais

O que é...

Plano de Manejo = documento técnico mediante o qual, com fundamento nos objetivos de gerais de uma Unidade de Conservação, se estabelece o seu zoneamento e as normas que devem presidir o uso da área e o manejo dos recursos naturais.  (Lei Nº 9.985/2000)
Unidades de Conservação (UC)= são espaços legalmente protegidos com objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção. As categorias de UC dividem-se em dois grupos : as de Proteção Integral, com o objetivo básico de preservar a natureza, sendo apenas permitido o uso indireto dos recursos naturais da Unidade; e as de Uso Sustentável, com a função de compatibilizar a conservação da natureza com o uso sustentável dos recursos naturais da Unidade. As Unidades de Proteção Integral são: Estação Ecológica, Reserva Biológica, Parque Nacional, Monumento Natural e Refúgio da Vida Silvestre. As Unidades de Uso Sustentável são: Área de Proteção Ambiental (APA), Área de Relevante Interesse Biológico, Floresta Nacional (FLONA), Reserva Extrativista (RESEX), Reserva da Fauna, Reserva de Desenvolvimento Sustentável, Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN).
A criação de Unidades de Conservação pelo Poder Público, enquanto espaço especialmente protegido, tem respaldo na Constituição Federal (artigo 225, parágrafo 1º, inciso III), na lei 6.938 de 31/08/1981 (inciso VI) e ainda é objeto de uma lei específica: a Lei 9.985 de 18/07/2000, dita Lei do Sistema Nacional de Unidades de Conservação - SNUC , regulamentada pelo Decreto 4.340 de 22/08/2002. (Fonte: Ministério do Meio Ambiente)
Parque Estadual = No Brasil, parque estadual é a denominação dada às unidades de conservação de proteção integral da natureza pertencentes à categoria "parque nacional" do Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza, quando criadas na esfera administrativa estadual. É uma categoria de unidades de conservação, que se destaca pela grande beleza cênica e relevância ecológica. Os parques são criados com a finalidade de preservar a fauna e flora nativa, principalmente as espécies ameaçadas de extinção, os recursos hídricos (nascentes, rios, cachoeiras), as formações geológicas; conservar valores culturais, históricos e arqueológicos e promover estudos e pesquisas científicas, educação e ambiental e turismo ecológico.
Monumento Natural =  é uma Unidade de Conservação do grupo de proteção integral que tem como objetivo básico preservar sítios naturais raros, singulares ou de grande beleza cênica. Pode ser constituído por áreas particulares, desde que seja possível compatibilizar os objetivos da unidade com a utilização da terra e dos recursos naturais do local pelos proprietários.

Monumento Natural  Estadual de Itatiaia (MNEI)

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Relato da 2ª fase do AmaGaia

Após um necessário “respiro”, com grande alegria compartilhamos o relato sobre as dimensões Ecológica e Visão de Mundo, vivenciadas na segunda fase do AmaGaia – Educação para o Design de Ecovilas na FLONA do Purus, Amazônia, que aconteceu entre 25 de maio e 9 de junho último.   

O grupo continuou animado e diverso!  Nesta fase, particparam 109 pessoas, dos 14 aos 79 anos, de diferentes comunidades da região:  Vila Céu do Mapiá, Igarapé Mapiá, Comunidade São Sebastião, Reserva Extrativista Arapixi, Terra Indígena Kamicuã (povo Apurinã), representantes do ICMBio.

Com a presença dos educadores May East (Gaia Education e CIFAL-Scotland), Skye (UniGaia), Gabriela Mendes (TAIPA Arquitetura), Felipe Simas (ISAVIÇOSA), Pedro Christo (ISAVIÇOSA), Suyá Presta (Terra Una), Ana Carolina Simas (UFV), Gabriela Monteiro (Terra Una), e José Pacheco (Escola da Ponte, Portugal;  e Projeto Âncora, SP), junto com lideranças da comunidade anfitriã – Alfredo Gregório de Melo, Alex Polari de Alverga, Maria Alice Campos Freire, Clara Iura e Isabel Barsé –, o grupo se dedicou aos temas: transição para a sustentabilidade, feminino e masculino, design integrado para a sustentabilidade, permacultura, construções ecológicas, tecnologias apropriadas (energia, água e resíduos), produção de alimentos, espiritualidade socialmente engajada, reconexão com a natureza, visão holística, saúde e cura, e educação e inclusão.

 May East treinou o grupo nos métodos participativos utilizados no movimento das Cidades em Transição (Transition Towns), e facilitou uma vivência e diálogo entre mulheres e homens.  



Skye compartilhou sua vasta experiência com a Permacultura e outros assuntos na dimensão ecológica.


  

Nos temas ligados à produção de alimentos, construções e energia, foram realizadas sessões abertas nas quais moradores da comunidade foram convidados a participar e contribuir com os saberes locais.  

 Na dimensão Visão de Mundo, membros da comunidade anfitriã facilitaram sessões em que o grupo pôde fortalecer a memória de anos de experiências vivendo na floresta, em profunda conexão espiritual com a natureza.  


Alfredo Gregório de Melo, filho do fundador da Vila Céu do Mapiá, compartilhou a visão espiritual que mantém a comunidade unida. 


O educador José Pacheco, criador da Escola da Ponte, em Portugal, concluiu esta dimensão contando sua maravilhosa experiência na aplicação de uma visão inovadora e emancipadora de educação.  Neste dia, o círculo foi ampliado com a participação dos professores e estudantes da Escola Estadual Cruzeiro do Céu.



Em todas as dimensões, enfatizou-se a conexão entre os temas compartilhados e o Plano de Manejo da Floresta Nacional do Purus.  Durante a semana ecológica, Flavio Paim, analista ambiental do ICMBio, fez uma exposição ampla do Plano.


Como principal resultado do AmaGaia, foram criados pelos participantes oito grupos de trabalho (a partir dos grupos de estudo de caso, ou “Vilas”, desenvolvidos durante o curso), que sonharam e planejaram ações para a implementação de soluções adequadas para a sustentabilidade nas comunidades locais.  São eles:  Cultura e celebração; Educação; Saúde e cura; Geração de renda; Produção de alimentos; Governança; Comunidade São Sebastião; e FLONA do Purus. Com o apoio dos educadores e facilitadores, os participantes aplicaram à criação de projetos o conhecimento construído e compartilhado durante o programa.  Para isso, produziram, através da metodologia do Dragon Dreaming, um plano de ações para a continuidade e aplicação dos aprendizados!






quarta-feira, 31 de julho de 2013

Concluída tese sobre comunicação colaborativa na FLONA do Purus


Oficina para compartilhar ferramentas de comunicação colaborativa. 

No último dia 10 de julho, na Escola de Comunicação da UFRJ, aconteceu a defesa da tese de doutorado 'Comunicação e Diferença: estudos em comunicação colaborativa para a sustentabilidade comunitária', de autoria de Ana Carolina Beer Simas, orientada pelo Prof. Dr. Marcio Tavares d'Amaral.  
A tese é resultado da pesquisa-ação desenvolvida na Floresta Nacional do Purus, na Amazônia, entre 2010 a 2013.  O trabalho foi apoiado pelo ISAVIÇOSA, e aconteceu através da formação de uma comunidade de aprendizagem e prática, o ECOS da Floresta (Estudos de Comunicação para a Sustentabilidade).  Os participantes - cerca de 40 moradores da Vila Céu do Mapiá, na FLONA do Purus - compartilharam processos e ferramentas de comunicação colaborativa, em seis oficinas participativas.  

Grupo trabalha em oficina de comunicação
ECOS da Floresta - comunidade de aprendizagem e prática 
O objetivo foi formar agentes de comunicação comunitária para a sustentabilidade.  O principal resultado foi a mobilização da comunidade para organizar e anfitriar o programa AmaGaia - Educação para o Desenvolvimento de Ecovilas na FLONA do Purus e região - versão amazônica certificada do currículo EDE (Ecovillage Design Education), da organização internacional Gaia Education, cujo currículo é uma contribuição oficial para a Década de Educação para o Desenvolvimento Sustentável, da UNESCO.  






sexta-feira, 19 de julho de 2013

Alunos da UFV visitam Microbacia Escola


No dia 10 de julho último, alunos da UFV dos cursos de Engenharia Florestal, Biologia, Engenharia Ambiental, Geografia e Agronomia visitaram a Microbacia Escola, localizada na sede rural do ISAVIÇOSA,  para uma aula sobre APA (Área de Proteção Ambiental). A visita foi uma aula de campo, da disciplina Unidades de Conservação. Os alunos foram acompanhados pelo Professor Gumercindo Souza Lima, responsável pela disciplina.
No sítio, os alunos visitantes foram guiados pelo engenheiro agrônomo, MsC em Botânica,  Aianã dos Santos Pereira, membro do ISAVIÇOSA e morador do local. Eles visitaram as nascentes mais altas do Ribeirão São Bartolomeu e puderam conhecer o trabalho de recuperação feito e também a maneira de ocupação e uso da área, de forma mais sustentável, que os moradores praticam.




quarta-feira, 17 de julho de 2013

Aprovado Plano de Manejo Florestal Sustentável da Vila Céu do Mapiá



O Instituto Chico Mendes para Conservação da Biodiversidade, ICMBio, aprovou o Plano de Manejo Florestal Sustentável Comunitário da Vila Céu do Mapiá, Floresta Nacional do Purus-AM, no último mês de abril.  No dia 2 de julho de 2013, publicou a Autorização de Exploração (AUTEX) para a primeira Unidade de Produção Anual - UPA 1 do Plano.
“Com a publicação da AUTEX, agora podemos dar início às atividades”, esclarece o engenheiro florestal Pedro Christo Brandão, responsável técnico pelo Plano de Manejo.
O processo de elaboração deste Plano de Manejo Florestal Sustentável (PMFS) teve início em 2007, quando foi realizado o primeiro inventário florestal na área destinada ao Manejo Florestal nos arredores da Vila Céu do Mapiá, maior centro populacional da FLONA do Purus, com cerca de 600 moradores.
Os inventários foram concluídos em 2009 e o PMFS foi protocolado no ICMBio em dezembro de 2010. Foram mais de dois anos de espera pela aprovação do Plano e autorização para início do manejo. Este PMFS é resultado do trabalho de Doutorado do engenheiro florestal Pedro Christo Brandão e foi construído em parceria com a Associação de Moradores da Vila Céu do Mapiá (AMVCM) e o grupo de manejadores da vila.
“Esta aprovação possui significado histórico no manejo florestal sustentável na Amazônia”, destaca Felipe Simas, engenheiro agrônomo, diretor executivo do Instituto Socioambiental de Viçosa (ISAVIÇOSA), do qual Pedro Christo também é diretor. A equipe do ISAVIÇOSA, desde 2003, dá apoio técnico à implementação de diversas atividades desenvolvidas na FLONA do Purus, incluindo o Plano de Manejo Florestal.
“A Vila Céu do Mapiá é uma das primeiras unidades de conservação a ter um Manejo Florestal Comunitário. Este aspecto comunitário é um dos grandes diferenciais deste Plano de Manejo, uma vez que a exploração em FLONAs (Florestas Nacionais) tem sido predominantemente empresarial”, ressalta Pedro Christo.

Entenda a importância da aprovação do Plano de Manejo Florestal Sustentável Comunitário da Vila Céu do Mapiá:

Para a comunidade – Para a Vila Céu do Mapiá, a aprovação do plano é de fundamental importância, pois legaliza, regulariza e ordena a atividade florestal local, em especial a exploração madeireira.
O objetivo principal do plano de manejo é a exploração sustentável de produtos madeireiros e não madeireiros em uma área determinada, de aproximadamente mil hectares, localizada na Zona de Uso Comunitário da Vila Céu do Mapiá.
A ideia dos manejadores é implantar uma serraria com equipamentos que permitam melhorar o rendimento no desdobro da madeira, substituir o uso de motosserra que gera grande desperdício, e agregar valor ao beneficiamento, de forma que possam produzir todas as peças necessárias para construção civil e outras benfeitorias, e não precisem mais trazer madeira de serrarias de cidades vizinhas, oriundas de exploração ilegal.
O Plano de Manejo Florestal, além de ordenar a atividade madeireira - o que é um grande benefício para as gerações futuras da comunidade, pois garante a renovação do estoque de madeira - traz também a possibilidade de geração de renda na comunidade e circulação interna de recursos.
Para a FLONA do Purus e entorno - A expectativa é de que a realização do Plano reflita positivamente em toda a FLONA do Purus e no entorno, já que essa é a única exploração de madeira legalizada no extremo Sul do Amazonas  O Plano de Manejo Florestal servirá como referência, como projeto piloto para outras comunidades da floresta, incentivando a adoção das práticas do manejo florestal na região em detrimento da exploração desordenada da floresta e de outras práticas nocivas ao ecossistema amazônico, como a substituição da floresta por pastagens visando a criação de gado. Vale ressaltar que Boca do Acre, município vizinho à FLONA do Purus, possui o maior rebanho bovino no Estado do Amazonas.

Para a política florestal do país -  este é o primeiro Plano de Manejo Florestal Sustentável Comunitário aprovado pelo ICMBio em uma Floresta Nacional, dentro da regulamentação da Instrução Normativa 16/2011. Constitui experiência modelo que poderá ser replicada para outras Florestas Nacionais e Unidades de Conservação do país.


terça-feira, 2 de julho de 2013

AmaGaia - EDE na Amazônia

Vila Céu do Mapiá - FLONA do Purus - Amazônia

O AmaGaia, primeiro curso EDE (Educação  para Design de Ecovilas) realizado na Amazônia brasileira, terminou em 9 de junho último e contou com mais de 100 participantes, vindos de diversas comunidades da floresta. A inspiração para realização deste extraordinário EDE veio do reconhecimento de que a disseminação das estratégias das ecovilas pode ter um efeito positivo na melhoria da qualidade de vida das populações que vivem em áreas isoladas e, ao mesmo tempo, aumentar a resiliência dessas comunidades no atual mundo globalizado.
O AmaGaia – Educação para o Desenvolvimento de Ecovilas na  Floresta Nacional do Purus, Amazonas - foi criado a partir das reais necessidades daqueles que vivem na FLONA do Purus, levantadas durante um longo processo de contato com as comunidades locais e encontros entre os membros da equipe organizadora e representantes dessas comunidades. O AmaGaia foi organizado e administrado pelo Instituto Socioambiental de Viçosa e foi coordenado por Ana Carolina Simas e Felipe Simas, membros do instituto. 
O AmaGaia foi oferecido aos habitantes da Floresta Nacional do Purus (FLONA do Purus), uma área protegida (Unidade de Conservação) do município de Pauini, Estado do Amazonas, com grande extensão de floresta bem preservada (256 mil hectares), onde residem aproximadamente mil pessoas, em diferentes comunidades e colocações ao longo de rios e igarapés. Os participantes tinham idade entre 14 e 79 anos. A presença de líderes de várias comunidades da floresta, inclusive de comunidades indígenas, e de representantes de instituições federais que trabalham na região, enriqueceu a diversidade do grupo e aumentou as possibilidades de multiplicação dos efeitos positivos deste EDE para a região e de incorporação da estratégia das ecovilas em políticas públicas. 



O AmaGaia foi realizado na Vila Céu do Mapiá, uma comunidade intencional, onde vivem mais de 600 pessoas. A Vila Céu do Mapiá, maior núcleo populacional da FLONA do Purus, foi fundada por Sebastião Mota de Melo (Padrinho Sebastião) e é unida pelo uso ritual da Ayahuasca.
Para que o sonho do AmaGaia se realizasse vários desafios foram enfrentados, principalmente pelo grande isolamento da área, que só tem acesso por via fluvial, em barcos pequenos e canoas, depois de dois dias de viagem partindo de Rio Branco, capital do Acre. Isto impôs altos custos de logística e comunicação lenta e difícil. Para cobrir os custos do curso e possibilitar o EDE gratuito à população local, muitos facilitadores e educadores trabalharam voluntariamente e a maioria deles arcaram com suas próprias passagens aéreas. Doadores e apoiadores incluíram Global Ecovillage Network, Gaia Trust, Projeto de Agrofloresta da Cachoeira, Associação dos Moradores da Vila Céu do Mapiá, ICMBio, IIEB, ICEFLU, IDARIS, Instituto Nhandecy, Terra Una, Dragon Dreaming, FHFA, Floresta Project NGO, Camiseta Indiana, AMOGAIA, Cinestesia, 5 Elementosjuntamente com a doação individual de várias pessoas. Nós estamos profundamente agradecidos por todo esse apoio!

Gaianos do AmaGaia


As 4 dimensões do AmaGaia
A primeira fase do AmaGaia aconteceu de 17 de fevereiro a 3 de março. Foram trabalhadas as dimensões Social e Econômica. O educador chave da primeira fase foi John Croft. Assistido por Felipe Simas, John apresentou aos participantes do curso o Dragon Dreaming, metodologia para elaboração de projetos, e abriu a dimensão econômica dando um panorama do mundo atual. A dimensão econômica foi concluída por Taisa Mattos, da Ecovila de Terra Una, e Felipe Bannitz da Fundação Getúlio Vargas.


John Croft  e gaianos, na dimensão Social do AmaGaia


Taisa Mattos (Terra Una – Rio de Janeiro), Edite Fanganello Querer (Instituto Nhandecy – Curitiba) e Ana Carolina Simas (Universidade Federal de Viçosa) facilitaram sessões de:  tomada de decisão, liderança, comunicação não-violenta e de facilitação de conselhos e rodas.
  
A segunda fase do AmaGaia aconteceu de 26 de maio a 9 de junho e englobou as dimensões Ecológica e Visão de Mundo. Nesta fase, o AmaGaia contou com a presença inspiradora de May East,  treinando o grupo nos métodos participativos do Cidades em Transição (Transition Towns).

AmaGaia em roda com May East

Durante a dimensão Visão de Mundo, membros da comunidade (Alex Polari, Maria Alice Freire, Clara Iura e Isabel Barse) facilitaram módulos onde a própria comunidade pode resgatar anos de experiências vivendo na floresta, em profunda conexão espiritual com a natureza e com a cura natural e espiritual. Ana Carolina Simas e Gabriela Monteiro também ministraram sessões abordando visão de mundo holística e a cura pessoal e planetária. Alfredo Gregório de Melo, filho do fundador da Vila Céu do Mapiá e atual líder espiritual da tradição do Santo Daime em todo o mundo, compartilhou a visão espiritual que mantém a comunidade unida.   

Padrinho Alfredo

A dimensão Visão de Mundo teve a participação especial do educador português José Pacheco, fundador da Escola da Ponte. José Pacheco compartilhou sua maravilhosa experiência em educação e o conceito de que escolas são feitas de pessoas e não de prédios, salas de aula e séries.

Na dimensão Ecológica , os princípios da permacultura e da ética foram carismaticamente expostos por Skye – australiano, especialista em permacultura, que vive no Brasil há mais de 12 anos. Gabriela Mendes e Pedro Christo também facilitaram módulos nesta dimensão. 

Nós reconhecemos os facilitadores e apoiadores por sua dedicação, habilidades e compromisso com este projeto: Pedro Mendes, Alice Alfano, Raquel Poti, Gabriela Monteiro, Felipe Senna, Sebastião Aram, Tatiana Reis, Suya Presta, Jessica Hollaender, Pedro Christo, Miguel Ferraz, Sarah Santanna, Matheus Sibinelli, Branca Prates, Julia Christo, Luciane Frederico, Felipe Simas, Ana Carolina Simas, moradores do Céu do Mapiá e equipe do ICMBio.


Se você tem interesse em colaborar com a continuidade deste projeto, gentileza entrar em contato através do email: isavicosa@gmail.com

Para mais informações sobre o AmaGaia, visite: http://www.amagaia2013.blogspot.com.br/

Para ver mais fotos do AmaGaia, acesse: