O Ato Inter-Religioso foi realizado em frente ao Supremo
Tribunal Federal, em conexão ao vivo com a Holanda, onde irmãos e irmãs estiveram
em oração, em frente ao Palácio da Paz em Haia, sede da Corte Internacional de
Justiça.
Em união, reafirmamos nosso apoio a este ESTADO PERMANENTE
DE MOBILIZAÇÃO INDÍGENA, mostrando que estamos conscientes dos ataques que os
povos indígenas sofrem.
Algumas imagens da mobilização disponibilizadas pela APIB
(Articulação dos Povos Indígenas do Brasil):
De acordo com o site www.apiboficial.org
, em plenária, os 6 mil indígenas presentes no acampamento “Luta Pela Vida”,
decidiram manter a mobilização, de forma permanente, em Brasília e nos
territórios em todo país, até o julgamento do Marco Temporal. Em memória a seus
ancestrais e encantados, em defesa de seus corpos, terras e territórios,
identidade e culturas diferentes, reafirmam a mobilização em defesa da vida.
Os indígenas encontram-se mobilizados na capital federal,
desde o domingo 22 de agosto. De acordo com a APIB, um dos motivadores da
decisão de estender a mobilização é o início do julgamento, pelo Supremo
Tribunal Federal (STF), sobre a questão do “marco temporal” das demarcações de
Terras Indígenas. A sessão foi suspensa por falta de tempo, na quinta-feira,
26, após a leitura do relatório inicial do ministro Edson Fachin. O presidente
da Corte, Luiz Fux, garantiu que o julgamento será retomado na quarta-feira,
dia 1º de setembro.
“A nossa história não começou em 1988, e as nossas lutas são
seculares, isto é, persistem desde que os portugueses e sucessivos invasores
europeus aportaram nestas terras para se apossar dos nossos territórios e suas
riquezas”, assegura o Movimento Indígena. Também, asseguram seguir “resistindo,
reivindicando respeito pelo nosso modo de ver, ser, pensar, sentir e agir no
mundo”.