terça-feira, 19 de dezembro de 2017
quarta-feira, 11 de outubro de 2017
Semana Florestal/UFV realiza minicursos no ISAVIÇOSA
Roda de abertura dos minicursos da Semana Florestal realizados no ISAVIÇOSA |
No dia 22 de setembro, o Instituto Socioambiental de Viçosa - ISAVIÇOSA
sediou dois Minicursos da Semana Florestal, da Universidade Federal de Viçosa:
Plantio de Água e Bioconstrução.
O minicurso Plantio de Água foi facilitado pelo “plantador de água”
Felipe Senna, que é também membro-diretor do ISAVIÇOSA. Já o minicurso
Bioconstrução ficou sob o comando de Thalles de Aguiar e Akauã Tapea,
bioconstrutores da Oficina da Floresta, sediada em Nova Friburgo – RJ.
Cerca de 60 estudantes participaram das atividades, que se iniciaram
pela manhã e se estenderam por todo o dia. Ambos minicursos tiveram uma
primeira parte teórica, na qual os facilitadores apresentaram os respectivos
temas. E, na parte da tarde, após o almoço agroecológico servido aos
participantes, preparado pela culinarista agroecológica Renata Solar (Cozinha
Consciente), realizou-se as atividades práticas.
Acompanhe nas fotos um pouquinho das atividades realizadas nos minicursos:
Chegada ao Sítio Palmital |
Bambus e ferramentas usadas nas atividades práticas |
Aula teórica sobre Bioconstrução |
Aula teórica sobre Plantio de Água |
Almoço agroecológico |
Renata Solar, da Cozinha Consciente, no preparo do almoço agroecológico |
Atividade prática de bioconstrução |
Atividade prática de plantio de água |
AAAAAAxé!!!!! Água!!!! |
Texto e fotos: Julia Christo Brandão Timo
Assessoria de Comunicação – ISAVIÇOSA
O QUE É...
Semana Florestal - A SEMANA FLORESTAL - Encontro Nacional de
Engenharia Florestal - é um evento tradicional realizado pelo Departamento de
Engenharia Florestal (DEF-UFV) em virtude das celebrações ao dia da árvore, que
é comemorado no dia 21 de setembro. Durante os dias próximos a essa data,
existe uma grande mobilização para realizar atividades acadêmicas
complementares ao currículo de formação básica. O objetivo central é de
contribuir com a formação profissional pela exploração de conteúdos novos e
diversos, participação em discussões de grande relevância nacional,
capacitações rápidas, criação de um ambiente de integração entre os grupos
acadêmicos e empresariais e promoção de divulgação científica.
Plantio de Água - O Projeto
Plantadores de Água surgiu em Alegre-ES e tem como facilitador, em Viçosa,
Felipe Senna, membro-diretor do ISAVIÇOSA. O plantio de água é hoje reconhecido
como uma tecnologia social, que propõe uma forma de gestão dos recursos
hídricos tendo por base o conceito de bacias hidrográficas. O plantio de água prima
por uma combinação de tecnologias capaz de ampliar a quantidade e a qualidade
de água nas bacias, por meio de maior capitação de águas de chuva, redução das
erosões e de enxurradas, o que proporciona uma maior infiltração de água de
chuva no solo e o reabastecimento dos lençóis freáticos. Integra ações de
educação ambiental, com uso de metodologias colaborativas e participativas,
visando a necessidade de uma mudança de atitude frente à utilização dos
recursos hídricos e uma valorização das ações comunitárias, das relações com os
vizinhos, a partir da visão de que tudo e todos estão interligados pelas água.
Bioconstrução - O conceito
de Bioconstrução engloba diversas técnicas da arquitetura vernacular mundial,
tendo como característica a preferência por materiais do local e construindo
habitações com custo reduzido. São técnicas simples, que permite que sejam
chamadas técnicas de autoconstrução. Estão relacionadas à criatividade e
importância ecológica. São um elemento importantíssimo da Permacultura,
buscando a integração das unidades construídas com o seu ambiente.
Fonte: Assessoria de Comunicação/UFV
quarta-feira, 27 de setembro de 2017
CÉU DO MAPIÁ AQUECE OS TAMBORES
Assim esteve, neste início de mês, a
Vila Céu do Mapiá (VCM), comunidade intencional localizada no coração da
floresta Amazônica, fundada no início da década de 1980, por Padrinho Sebastião
Mota de Melo e seus companheiros.
Dos dias 4 a 10 de setembro, a VCM foi
palco de oficinas, apresentações musicais, reuniões comunitárias e trabalhos
espirituais. O evento Aquecendo os
Tambores foi voltado especialmente para o público jovem local, mas contou
com a participação sempre bem-vinda de moradores das mais diferentes idades,
incluindo representantes de comunidades irmãs, como Fazenda São Sebastião, Praia
e Anajás. Diversidade cultural e troca
de saberes, tudo regado a muita alegria pelos festejos dos 89 anos do Padrinho Manoel
Gregório da Silva (Vô Nel).
A abertura do evento se
deu na manhã do dia 4 de setembro, segunda-feira, com o Mutirão do Padrinho Sebastião. As equipes visitantes se juntaram
aos moradores podendo vivenciar, aprender e contribuir em diversas frentes de
trabalho.
Pintura com tinta de terra, uma das atividades do Mutirão |
Varanda da Casa de Música Madrinha Julia pintada durante mutirão |
EMPREENDER
PARA O MAPIÁ
Ainda no dia 4 de
setembro, à tarde, deu-se início à oficina Empreender
para o Mapiá, facilitada por Felipe Bannitz, coordenador do Instituto de Socioeconomia
Solidária (ISES) e por Felipe Simas, professor do Departamento de Educação da
Universidade Federal de Viçosa e coordenador do Programa AmaGaia.
Visando o fortalecimento da sustentabilidade econômica da Vila Céu do Mapiá, a oficina teve como objetivo mobilizar um grupo local animado em se capacitar e trabalhar na criação de uma agência de apoio a projetos de geração de renda alinhados com os princípios da economia solidária.
Visando o fortalecimento da sustentabilidade econômica da Vila Céu do Mapiá, a oficina teve como objetivo mobilizar um grupo local animado em se capacitar e trabalhar na criação de uma agência de apoio a projetos de geração de renda alinhados com os princípios da economia solidária.
Felipe Simas, professor da Universidade Federal de Viçosa e coordenador do Programa AmaGaia |
A oficina se desenvolveu por meio de três encontros nos quais foram abordados temas como: princípios de uma economia solidária; exemplos de experiências de fortalecimento de economia local de forma sustentável; apreciação coletiva dos desafios e das oportunidades de geração de emprego e renda no Mapiá; identificação de estratégias e ações concretas para fortalecimento da economia solidária na comunidade.
Grupo participante da Oficina Empreender para o Mapiá |
Como continuidade dos trabalhos iniciados na oficina, o grupo local mobilizado, com o apoio da equipe AmaGaia, iniciará um levantamento de dados nos próximos meses visando criar uma rede de empreendimentos sociais solidários.
NA
BATIDA DO REGGAE
O antropólogo e baterista da banda Ponto de Equilíbrio, Lucas Kastrup, coordenou a oficina Na Batida do Reggae, trazendo aos participantes elementos sobre a história da música jamaicana, relacionando seus ritmos a outros da cultura brasileira como o baião, o samba e o maracatu. A oficina, que se desenvolveu em quatro tardes, nos dias 5, 6, 8 e 9 de setembro, contou com a participação especial dos músicos Maurício Bongo, Ras Kadhu, Marcelo Bernardes, Juliana Genuncio e Roberta Cordeiro. A oficina contemplou também aulas práticas de tambor e bateria. O grupo apresentou cânticos Nyahbinghi (música ritual tradicional dos Rastafari), seguindo a batida do coração marcada pelos tambores.
O antropólogo e baterista da banda Ponto de Equilíbrio, Lucas Kastrup, coordenou a oficina Na Batida do Reggae, trazendo aos participantes elementos sobre a história da música jamaicana, relacionando seus ritmos a outros da cultura brasileira como o baião, o samba e o maracatu. A oficina, que se desenvolveu em quatro tardes, nos dias 5, 6, 8 e 9 de setembro, contou com a participação especial dos músicos Maurício Bongo, Ras Kadhu, Marcelo Bernardes, Juliana Genuncio e Roberta Cordeiro. A oficina contemplou também aulas práticas de tambor e bateria. O grupo apresentou cânticos Nyahbinghi (música ritual tradicional dos Rastafari), seguindo a batida do coração marcada pelos tambores.
Ras Kadhu, Maurício Bongo, Lucas Kastrup, Juliana Genuncio e Marcelo Bernardes |
No segundo dia de oficina, Maurício
Bongo comandou atividade de fabricação e reforma de tambores, por meio de um
mutirão de colocação de peles e consertos em geral dos instrumentos locais. No
final da tarde, realizaram uma pequena roda de toques de tambor e bateria, na
qual os participantes puderam experimentar alguns fundamentos transmitidos na
oficina, como a prática de cânticos Nyahbinghi e outros ritmos.
Atividade de construção de instrumentos na oficina Na Batida do Reggae |
No terceiro encontro, deu-se
continuidade à oficina de fabricação de tambores. A prática dos toques ficou
sob o comando de Marcelo Bernardes, que compartilhou os toques tradicionalmente
usados nas giras de umbanda. Marcelo também facilitou o quarto encontro, no
qual abordou a prática de flauta e
violão.
Esta oficina foi oferecida a músicos e não músicos, e com certeza a música e os tambores vibraram e animaram toda a comunidade. Como seguimento, prevê-se ações junto à escola Cruzeiro do Céu para a construção de um projeto pedagógico que permita, a partir do estudo histórico da musicalidade da doutrina, trabalhar conteúdos curriculares de diversas disciplinas.
RITMOS
DOS SERINGAIS
A oficina Ritmos dos Seringais foi facilitada por Alexandre Anselmo com a
participação da banda Uirapuru e de seu Bima e seu Honorato, músicos
tradicionais com mais de 80 anos de idade. Esta oficina é parte de um trabalho
de resgate e fortalecimento do patrimônio cultural a partir da música
desenvolvido em Rio Branco.
Foram dois encontros, nas manhãs dos
dias 8 e 9 de setembro. Através de aulas práticas, os participantes conheceram ritmos
tradicionais dos seringais: samba, choro, lundu e marcha. Também foram passados
os ritmos de Xote, Valsa e Mazurca.
Na primeira parte da oficina foi feita
uma contextualização da música e dos ritmos acreanos, assim como suas
aplicações nos instrumentos. A segunda parte, em conjunto com os mestres da
música popular acreana, funcionou como um ensaio envolvendo os participantes
que se apresentaram no Baile do Seringueiro, encerramento do evento.
MANEJO FLORESTAL
Texto: Julia Christo e Felipe Simas
Seu Bima com Maria Camurça (esq), cujo avô foi amigo nos tempos do Seringal |
O objetivo da oficina Ritmos do Seringal foi o de reunir as gerações pela comunhão da própria cultura de origem. Além de contemplar os idosos, a experiência foi muito positiva especialmente para a juventude local que teve a oportunidade de tocar com músicos de mais de 70 anos de estrada, como é o caso de seu Bima, que coincidentemente foi morador do Mapiá, ainda na época do seringal e de seu Honorato, que além de ayahuasqueiro também nasceu, cresceu e tocou muito nos seringais dos rios Purus e Acre. Destaque também para a presença do músico José Carlos Carioca, cujos irmãos mais velhos foram os primeiros a introduzir os instrumentos nos rituais do Mestre Irineu.
FESTEJOS
DE ANIVERSÁRIO DO PADRINHO NEL
Na noite de 6 de setembro, realizou-se
o hinário “O Justiceiro” em comemoração aos 89 anos do Padrinho Manoel Gregório
da Silva.
Trabalho espiritual realizado durantes os festejos de aniversário do Padrinho Nel |
Ainda como parte dos festejos, no dia 7, um trabalho espiritual na
varanda de sua casa, com a participação dos amigos da comunidade da Praia,
quando foram cantados os hinários do Sr. Damião e do Sinhôzinho, companheiros
de longa data do Padrinho Nel. Importante ressaltar a força e a beleza com que
os músicos e as cantoras da Praia apresentaram estes hinários!
No dia 8 de setembro, realizou-se um trabalho de jovens na “Santa Casa” no qual foram cantados os hinários do Lúcio Mortimer (Instrução) e da Baixinha (Hinário da Fé), ambos lideranças espirituais muito queridas e influentes na espiritualidade dos jovens e de todos os seguidores da Doutrina do Santo Daime.
No dia 8 de setembro, realizou-se um trabalho de jovens na “Santa Casa” no qual foram cantados os hinários do Lúcio Mortimer (Instrução) e da Baixinha (Hinário da Fé), ambos lideranças espirituais muito queridas e influentes na espiritualidade dos jovens e de todos os seguidores da Doutrina do Santo Daime.
MANEJO FLORESTAL
Nesta mesma semana, o Mapiá recebeu a
chegada da equipe do Manejo Florestal Comunitário.
Foram realizados encontros com o grupo de manejadores da comunidade e avaliadas estratégias para a ativação da cadeia produtiva da madeira, incluindo a instalação de uma marcenaria comunitária.
Foram realizados encontros com o grupo de manejadores da comunidade e avaliadas estratégias para a ativação da cadeia produtiva da madeira, incluindo a instalação de uma marcenaria comunitária.
Equipe do Manejo Florestal Comunitário |
A equipe, composta por engenheiros florestais,
botânicos, mateiros e jovens da comunidade, encontra-se acampada na área de
manejo comunitário coletando informações para o seguimento do projeto.
“BAILE
DO SERINGUEIRO”
O encerramento do evento Aquecendo os Tambores aconteceu na
noite do dia 9 de setembro, na praça da Vila Céu do Mapiá, numa animada
celebração musical.
Baile do Seringueiro e show de reggae com a participação dos músicos locais |
A primeira apresentação ficou por
conta da banda Uirapuru, no animadíssimo “Baile do Seringueiro”. Em seguida, foi
a vez dos músicos locais da comunidade se apresentarem: Moisés Souza (baixo),
Damião Nascimento (vocal), Guaracy Nascimento (guitarra), crianças e jovens
(percussão), com a participação especial de Marcelo Bernardes (sopro) e Maurício
Bongo (bateria). Essa mesma turma se juntou ao músico Ras Kadhu para
apresentação das músicas da banda JAH I RAS, liderada por ele, encerrando assim
a noite em um animadíssimo show de reggae!
Moradores e visitantes marcam presença no show de encerramento do evento |
O evento Aquecendo os Tambores veio promover a mobilização comunitária,
animar e engajar os jovens locais no fortalecimento do Céu do Mapiá. Representou
o esforço coletivo de moradores locais e de diversos membros da grande
comunidade do Padrinho Sebastião espalhada pelo mundo. Entre os educadores e
artistas visitantes estavam dirigentes e representantes das igrejas Flor da Montanha
(Nova Friburgo-RJ), Luz do Firmamento (Viçosa-MG), Nova Flor (Niterói-RJ) e Céu
de Santa Maria de Sião (Itapecerica – SP). Todas as atividades e diversos momentos foram
registrados em áudio, vídeo e imagens pela equipe formada pelos profissionais
Iberê Perissé e Lucas Gandini que também integraram a comitiva de artistas,
educadores e técnicos. Estes registros serão usados para fortalecer a VCM
através de estratégias de comunicação externa e interna, com destaque para a
formação de uma equipe local de produção audiovisual.
VEM
AÍ, VEM...
Através da união dos diversos saberes
e fazeres da grande comunidade daimista, espera-se seguir neste ritmo de
atividades de fortalecimento da sustentabilidade comunitária do Céu do Mapiá, rumo
ao festival e comemoração dos 70 anos do comandante Padrinho Valdete, importante
liderança da Doutrina do Santo Daime e um dos fundadores da VCM.
Vila Céu do Mapiá |
Também como parte deste processo de
fortalecimento comunitário, em janeiro de 2018, vem aí mais um encontro voltado
para a formação e engajamento dos jovens e de todas e de todos que se considerar ser Herdeiro do Padrinho
Sebastião.
Texto: Julia Christo e Felipe Simas
Fotos: Rafael Gomes, Pedro Christo, Felipe Simas, Ras Kadhu
sexta-feira, 1 de setembro de 2017
Oficina de Alimentação Saudável na EFA Puris
Estudantes preparam alimentos durante oficina de alimentação saudável |
Renata Solar e Ivanete Macedo |
Assim, a oficina iniciou-se na parte da manhã e se estendeu até o final da tarde. Para começar, Renata Solar facilitou uma roda de conversa com os jovens, colocando alguns temas em reflexão e debate, tais quais: hábitos, costumes e cultura alimentares; biodiversidade e agrobiodiversidade; procedência dos alimentos; alimentos locais e alimentos da época; alimentos orgânicos e agroecológicos; alimentos industrializados, dentre vários outros.
Roda de conversa: alimentação saudável em debate |
Alimentos locais: produzidos na EFA ou nas comunidades dos estudantes |
Após a conversa, os estudantes foram convidados ao desafio do
dia: preparar o lanche da tarde, a ser servido a toda a comunidade presente na
EFA, ou seja, educandos, educadores, colaboradores e visitantes! Para cumprir
tal responsabilidade, os estudantes foram divididos em quatro grupos, cujas
tarefas eram organizar o preparo do cardápio e separar ingredientes, vasilhames
e utensílios necessários na preparação de cada receita. O cardápio sugerido por
Renata Solar trazia: pães de abóbora e de lobrobó (também conhecido como ora-pro-nóbis),
pão de queijo de inhame, biscoito de massa de banana e amendoim e falso mingau
de milho verde. E para acompanhar: suco verde e suco de acerola com hortelã,
patês salgados (cenoura com inhame e ervas, abacate temperado) e doces (banana
e abacate com cacau).
Após a breve pausa para o almoço, chegou o grande momento de colocar literalmente a mão na massa! Foi bem divertido. Alguns pequenos incidentes de percurso, tipo muita lenha no forno de barro, o que fez com que os pães corassem rapidamente por fora e não assassem perfeitamente por dentro... Mas no geral, a boa vontade do grupo e a dedicação àquele momento trouxeram resultados positivos! Os estudantes que não participaram da oficina estranharam um pouco os “sabores diferentes” ao degustarem as iguarias, mas muitos aproveitaram a oportunidade de experimentar a diversidade e prestigiar o trabalho dos colegas!
Abaixo, mais fotos: Oficina de Alimentação Saudável - EFA Puris - 08/08/2017
Texto e fotos: Julia Christo Brandão Timo
Assessoria de Comunicação - ISAVIÇOSA
quinta-feira, 3 de agosto de 2017
Curso “Plantio de Água” da Semana do Fazendeiro visita Microbacia Escola
Na manhã de quinta-feira, 20 de
julho de 2017, o ISAVIÇOSA recebeu cerca de 30 pessoas participantes do curso
“Plantio de Água”, oferecido pela 88ª Semana do Fazendeiro, evento promovido
pela UFV.
O curso foi coordenado pelo
professor Tommy Wanick (Licenciatura e Educação no Campo - LICENA/UFV) e a visita
à Microbacia Escola, localizada no Sítio Palmital, zona rural de Viçosa, foi parte
da programação.
Em campo, os visitantes foram
guiados por Felipe Senna, diretor do ISAVIÇOSA, e puderam conhecer algumas
técnicas e práticas eficientes de plantio de água e de saneamento
ecologicamente correto.
terça-feira, 18 de julho de 2017
Crianças da educação infantil visitam o Sítio Palmital
Turmas da educação infantil visitam Microbacia Escola |
A tarde do dia 30 de junho foi
animada, no Sítio Palmital, com a visita de 32 alunos da educação infantil do
Colégio Equipe, de Viçosa, com idades entre 3 e 4 anos. As crianças vieram acompanhadas por sete
educadoras da escola, dentre elas Tatiana Reis, professora de música e inglês,
que também foi a guia do passeio.
“Este bimestre, o projeto das crianças
foi sobre alimentação, principalmente sobre as verduras e os legumes. Então,
para enriquecer o projeto, propus uma visita ao sítio para que as crianças
pudessem conhecer a horta, o pomar, o galinheiro e o curral. O galinheiro e o
curral visitados ficam no sítio vizinho, mas já temos uma parceria com a
proprietária que sempre nos recebe com muito carinho nessas visitas” conta
Tatiana Reis que, além de professora, é também membro do Instituto
Socioambiental de Viçosa (ISAVIÇOSA) e acompanha voluntariamente as visitas ao
Sítio Palmital. Essas visitas fazem parte do projeto de educação ambiental desenvolvido
pela instituição, que é denominado “Microbacia Escola”.
A primeira atividade vivenciada
pelas crianças foi alimentar os animais, dando milho às galinhas. Depois visitaram o curral para ver
as vacas e bezerros e compreender de onde vem o leite que nos alimenta e que serve
para fazer tantos outros alimentos, como: iogurte, queijo, manteiga e
requeijão. Andaram também pelo pomar e se deliciaram com as mexericas! Em
seguida, a criançada visitou a horta e vivenciou a experiência de colher
mandioca, cenoura e alho.
Chegou o momento do lanche! Antes
do piquenique, todo o grupo experimentou alimentos produzidos localmente como inhame,
mandioca, cenoura e água aromatizada com funcho, manjericão e alecrim. Após o
lanche, uma atividade que animou e divertiu a criançada: debulhar o feijão
(tirar da vagem). “Demos uma caneca para cada um debulhar. Foi muito interessante:
das 32 crianças presentes só uma sabia que o feijão que comemos é a semente que
fica dentro da vagem!” relata Tatiana Reis. De acordo com as educadoras
acompanhantes, todos se divertiram muito e fizeram grandes descobertas durante
todo o passeio.
Crianças debulham feijão |
segunda-feira, 10 de julho de 2017
Universitários vivenciam "Dia do Meio Ambiente" no ISAVIÇOSA
Comunidade acadêmica da Univiçosa em visita ao ISAVIÇOSA |
“Viver processos de
sustentabilidade supõe que o sujeito, desde sua dimensão individual e desde
suas relações institucionais e sociais, participe ativa e solidariamente na
construção de uma sociedade ambiental de dimensões planetárias” – este foi o
tema gerador das reflexões individuais e dos debates em grupo propostos na
“Vivência Ambiental” oferecida pelo ISAVIÇOSA à comunidade acadêmica da
Univiçosa, no último dia 5 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente. Em parceria,
as duas instituições ofereceram a estudantes de graduação e pós-graduação um
dia de vivências nos Sítio Palmital e Sítio Flor das Águas, ambos localizados
nos arredores da cidade de Viçosa-MG.
A programação incluiu momentos de
teoria e prática, de reflexão e troca de saberes. Sob a facilitação do
professor da Univiçosa, Pedro Christo Brandão (que também é membro-diretor do
ISAVIÇOSA) e de Felipe Senna, diretor executivo do ISAVIÇOSA, os cerca de 40
estudantes participantes puderam conhecer e vivenciar diversas práticas
ecológicas.
As atividades começaram no início
da manhã. Os estudantes foram recepcionados com um café da manhã agroecológico,
preparado pela culinarista agroecológica Renata Solar (Cozinha Consciente). Em
seguida, reuniram-se para fazer uma reflexão a partir da seguinte pergunta
geradora: “O que você tem feito, no âmbito pessoal, de sua comunidade e de sua
empresa ou local de trabalho, para vivenciar processos de sustentabilidade?” Após
esta reflexão, os participantes se dividiram em dois grupos e fizeram uma
visita ecotécnica pelo sítio Palmital, percorrendo as áreas: nascente do São
Bartolomeu, horta, sistemas de tratamento de saneamento e plantio de água.
Após o percurso, parada para o
almoço agroecológico, que teve como base os alimentos da época e, sobretudo, os
produzidos localmente, no próprio Sítio Palmital e em alguns sítios vizinhos.
Um deles é o Sítio Flor das Águas, o qual os participantes da vivência também
tiveram a oportunidade de visitar naquele dia. Guiados por Miguel Ferraz,
agricultor e proprietário do sítio, os estudantes puderam conhecer e conversar
sobre a experiência de um sistema de cultivo de agricultura biodinâmica e sobre
a produção agroecológica de alimentos.
Na avaliação do professor Pedro
Christo Brandão, a “Vivência Ambiental” foi muito positiva: “Foi uma ótima
oportunidade para todos refletirem sobre a necessidade de se buscar
alternativas ao modelo de desenvolvimento posto e conhecer algumas iniciativas que
já estão em curso, com resultados tangíveis.” O professor compartilha ainda que
ao final do dia fizeram, em roda, uma rápida avaliação junto aos participantes
e que a voz que prevaleceu foi a de que todos gostaram do evento e querem mais
vivências como esta, sempre.
sexta-feira, 7 de julho de 2017
ISAVIÇOSA é parceiro na facilitação de curso de Plantio de Água
Curso "Plantio de Água e Manejo de Bacias Hidrográficas", na ENEP |
Nos dias 27 e 28
de maio, Felipe Senna, membro-diretor do ISAVIÇOSA, facilitou em parceria com Tommy
Wanick (professor da Licenciatura e Educação no Campo da Universidade Federal
de Viçosa - LICENA-UFV) o curso “Plantio de Água e Manejo de Bacias
Hidrográficas”. O curso foi realizado na Escola Nacional de Energia Popular (ENEP),
como parte das atividades previstas no projeto "Na sombra das minhas
árvores: ampliando as bases para agroecologia" – desenvolvido pelo Centro
de Tecnologias Alternativas da Zona da Mata em parceria com a Rede Nós de Água
(da qual o ISAVIÇOSA participa), Sindicatos de Trabalhadores Rurais da região,
e o Movimento de Mulheres da Zona da Mata e Leste de Minas; e com o
financiamento da Fundação Banco do Brasil.
De acordo com
Felipe Senna, a realização desse curso na ENEP foi muito importante para o
fortalecimento e a ampliação da Rede Nós de Água. No total, o curso contou com 32
participantes e, dentre eles, representantes de diversos movimentos sociais e
de 12 municípios diferentes. Todos os participantes demonstraram a intenção de
desenvolver trabalhos em prol das águas, seja na parte de saneamento, seja na
parte de plantio de água. Dessa forma, o principal objetivo do curso foi alcançado:
capacitar multiplicadores de plantio de água que possam atuar em diversos
municípios.
A partir desse
encontro, proporcionado pela atividade na ENEP, os participantes programaram
então uma reunião geral de planejamento da Rede Nós de Água, que prevê a
participação de representantes de todos os municípios. A reunião deve acontecer
em meados de julho, durante a “Troca de Saberes”, evento promovido pela
Universidade Federal de Viçosa.
Outro
encaminhamento que emergiu do curso, refere-se à demanda por realização de
outros cursos de formação de multiplicadores em plantio de água, nos diversos
municípios integrados à Rede. Uma próxima formação já está sendo planejada e
deve acontecer no município de Miradouro. A realização desses processos de
formação tem o objetivo de capacitar as comunidades e as lideranças locais de
forma que possam coordenar e dar seguimento às atividades de plantio de água e
de saneamento em seus respectivos municípios.
Para saber mais
sobre o curso realizado na ENEP e sobre as próximas atividades relativas ao
projeto "Na sombra das minhas árvores: ampliando as bases para
agroecologia" acesse: www.ctazm.org.br
Felipe Senna orienta atividades de plantio de água |
Senna compartilha técnicas e passo a passo para plantar água |
"Plantio de Água é uma forma de gestão dos recursos
hídricos que tem por base o conceito de bacias hidrográficas e prima por uma
combinação de tecnologias capaz de ampliar a quantidade e a qualidade de água
nessas bacias por meio de maior capitação de águas de chuva, redução das
erosões e de enxurradas, o que proporciona uma maior infiltração de água de
chuva no solo e o reabastecimento dos lençóis freáticos", esclarece Felipe Senna. Somando a isso, o
Plantio de Água integra também ações de educação ambiental, com uso de
metodologias colaborativas e participativas, uma vez que se percebe necessária
uma mudança de atitude frente à utilização dos recursos hídricos e uma
valorização das ações comunitárias, das relações com os vizinhos, visto que
tudo e que todos estamos interligados pelas águas.
Participantes do curso na ENEP |
O que é a Rede
Nós de Água?
A Rede Nós de Água nasceu como um encaminhamento de
um curso de Plantio de Água que foi realizado em agosto de 2015, na sede do
ISAVIÇOSA, na região do Palmital, em Viçosa, de acordo com o que relata Felipe Senna, que também fez parte da equipe de facilitação do curso naquela ocasião. "Esse curso foi promovido em
parceria com a Plantágua (Associação de Plantadores de Água de Alegre-ES) e despertou
uma grande vontade e necessidade de várias pessoas e grupos da região de Viçosa
e entorno, que já trabalham com Agroecologia e temas afins, de estar
desenvolvendo e divulgando esse trabalho de Plantio de Água aqui na região da
Zona da Mata", conta Senna.
Hoje a Rede Nós
de Água é vista como o resultado da mobilização de pessoas, instituições e
movimentos sociais que trabalham articuladas no intuito de desenvolver e
estimular ações em prol das águas, utilizando as bases e os princípios do
Plantio de Água. Atualmente as instituições que compõem a Rede são: Instituto
Socioambiental de Viçosa (ISAVIÇOSA), Centro de Tecnologias Alternativas da
Zona da Mata (CTA-ZM), Universidade Federal de Viçosa (UFV), Escola Nacional de
Energia Popular (ENEP), Sindicato dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (SINTRAF-MG),
Movimento dos Atingidos pela Mineração (MAM) e Movimento dos Atingidos por
Barragens (MAB) e essas instituições estão distribuídas em 12 municípios da Zona
da Mata, que são: Viçosa, Divino, Araponga, Miradouro, Cajuri, Paula Cândido, Urucânia,
Jequeri, Ervália, Muriaé, Piranga e Presidente Bernardes.
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